Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações: Uma vitória da luta dos trabalhadores

A administração da CARRIS/CML assumiu que a CARRISBUS passará a integrar a empresa mãe a partir de 1 de Janeiro próximo, o que é uma vitória alcançada, ao fim de 18 anos e significa que resistir é o primeiro passo para a vitória.

Desde a primeira hora que o STRUP/FECTRANS se colocou contra esta segmentação da Carris, que mais não visou do que criar as condições para a precarização das relações de trabalho, o AE da Carris se ter deixado de aplicar aos trabalhadores oficinais e como veio a acontecer em 2014, proceder à privatização da Carris, só revertida no quadro da alteração da correlação de forças na Assembleia da República.

Assim, a partir de 1 de Janeiro de 2025, o AE da CarrisBus deixa de ter aplicabilidade e a todos os trabalhadores se aplicará na íntegra o AE da Carris.

No novo quadro que se apresentará em Janeiro de 2025, a luta dos trabalhadores oficinais pela valorização dos salários e carreiras profissionais, a evolução para as 35 horas semanais e a criação de um subsídio compensatório, continuará agora no âmbito da negociação do AE Carris.

Com esta integração dos trabalhadores oficinais na Carris é a luta dos trabalhadores de todos os sectores que fica a ganhar.

Problemas por resolver, motivam greve

Os trabalhadores das empresas Auto Viação Feirense e Transportes Beira Douro, reunião em plenário no próximo dia 28 e voltarão à greve, com deslocação à sede da UNIR, no próximo dia 2 de Dezembro.

A administração da Feirense, onde se inserem estas duas empresas, continua a fazer orelhas moucas às questões apresentadas pelo STRUO/FECTRANS, na sequência da discussão efectuada com os trabalhadores, de que destacamos os seguintes:

A não elaboração de escalas de serviço, com todo o trabalho discriminado e intervalos diários assim como o tempo de deslocação para início e fim de serviço;

Não considerarem no início da jornada de trabalho tempo de preparação de viatura conforme, Cláusula 27ª.do CCTV.

Não respeitarem os intervalos diários e entre jornadas de trabalho.

Não pagarem em conformidade o trabalho extraordinário efectuado.

Falta de condições de sala/refeitório para tomar refeições ou descanso enquanto aguardam serviço ou intervalo diário e nos WC´S e vestuários para funcionárias de limpeza.

Estes problemas existem porque a administração já deu mostra que, para ela, os trabalhadores e utentes são números e o seu objectivo final é ter lucros, mesmo à custa da qualidade do serviço prestado, da falta de condições de quem trabalha e do não cumprimento do Contrato Colectivo de Trabalho.